terça-feira, 15 de junho de 2010

ENTRE HOJE E AMANHÃ


Reflete no companheiro que chega cansado e desiludido a esmolar-te simpatia e consolo.

Sabes talvez, nas mínimas particularidades, tudo o que lhe terá ocorrido. Provavelmente conheces que se trata de alguém, carregando os grilhões da culpa. Alguém que sobraça pesada carga de remorsos a lhe atenazarem o coração.

Mentaliza, no entanto, o que faria Jesus se procurado por ele: ouvi-lo-ia com generoso interesse, descobrir-lhe-ia algum tópico de bondade ou saberia destacar-lhe essa ou aquela qualidade elogiável, de modo a descerrar-lhe alguma porta mental de bom-ânimo, auxiliando-o a caminhar para a frente.

Diante dos irmãos que te busquem solicitando conforto depois de quedas e desenganos, não te disponhas à condenação ou censura.

Pensa no bem que haverão feito, nos impulsos nobres que lhes presidiram os atos e renova-lhes a confiança em si mesmos.

Compadece-te sobretudo daqueles que se demoram nos problemas da culpa sem possibilidades imediatas de solução.

Não necessitas reprovar-lhes diretriz e conduta.

Eles já se reconhecem marcados por dentro a fogo de angústia e não te procuram para que lhes agraves a dor. Suplicam-te paz e refazimento, auxílio e apoio à própria libertação.

Recorda em quantas ocasiões teremos sido amparados pela bondade do Cristo de Deus que freqüentemente nos toma o leve fio da intenção correta para transformá-lo em vigoroso apetrecho de socorro a nós próprios e não menospreze, seja a quem seja.

Importa, ainda, considerar que muitas vezes no campo da ocorrência que se reprove presentemente, nascerá o acontecimento que nos colherá louvor no futuro.

Além disso, nós todos, os espíritos em evolução nos climas da Terra, somos ainda portadores de imperfeições e deficiências por vencer, de permeio com obstáculos íntimos a serem necessariamente transportados, com créditos e débitos, erros e acertos no livro da própria vida. E, por isso mesmo, em matéria de apoio espiritual, se hoje é o nosso momento de compreender e de dar, amanhã será talvez o nosso dia de pedir e de receber.

Fonte: "Mãos Marcadas", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

ALEGRIA




Alegria é o cântico das horas com que Deus te afaga a passagem no mundo.
Em toda parte, desabrocham flores por sorrisos da natureza e o vento penteia a cabeleira do campo com música de ninar.
A água da fonte é carinho liquefeito no coração da terra e o próprio grão de areia, inundado de sol, é mensagem de alegria a falar-te do chão.
Não permitas, assim, que a tua dificuldade se faça tristeza entorpecente nos outros.
Ainda mesmo que tudo pareça conspirar contra a felicidade que esperas, ergue os olhos para a face risonha da vida que te rodeia e alimenta a alegria por onde passes.
Abençoa e auxilia sempre, mesmo por entre lágrimas.
A rosa oferece perfume sobre a garra do espinho e a alvorada aguarda, generosa, que a noite cesse para renovar-se diariamente, em festa de amor e luz.

Meimei
Extraído do livro Bênçãos de Amor.
Autores Diversos
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

É RAZOÁVEL PENSAR NISTO

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer. É amparo destinado aos obstáculos.

A serenidade não é jardim para os seus dias dourados. É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.

A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis. É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.

A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem. É porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos evolvidos.

A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio. É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.

A confiança não é um néctar para as suas noites de prata. É refugio certo para as ocasiões de tormenta.

O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil. É manancial de forças para os seus dias de luta.

A resistência não é adorno verbalista. É sustento de sua fé.

A esperança não é genuflexório de simples contemplação. É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.

Virtude não é flor ornamental. É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.

(De “Agenda Cristã”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz)

domingo, 18 de abril de 2010




O Passe Magnético

Ao contrário do que podem pensar alguns, o uso do magnetismo - não confundir com magnetoterapia (uso de imãs para cura) - é bastante antigo, sendo utilizado desde a antiguidade.

Na Caldéia e na Índia, os magos e birmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do olhar, no Egito, multidões acorriam ao templo da deusa Ísis, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos, no próprio Evangelho vemos várias vezes Jesus curar através do uso do magnetismo.

Esse fluido, sob controle, poderia ser usado como finalidade terapêutica". Após muitas pesquisas começou a desenvolver e divulgar técnicas de fluidoterapia que ficou conhecido como Mesmerismo. O trabalho de Mesmer, apesar de apresentar bons resultados, gerou grande polêmica, sendo ele e seus seguidores duramente combatidos pela Faculdade de Medicina de Paris que proibia seus membros de adotar a nova técnica.

Apesar de toda a perseguição, pesquisadores como Marquês de Puységur, Du Potet, Charles Lafontaine, Charles Richet, Allan Kardec, dentre outros, continuaram os trabalhos de Mesmer, trazendo até nossos dias o uso terapêutico do magnetismo.

Mas afinal, o que é esse magnetismo?

Magnetismo animal, ou ainda, fluido animal é a denominação da parcela de energia vital doada por uma pessoa encarnada à outra, seu objetivo é propiciar o reequilíbrio físico e espiritual àquele que está, por alguma razão, com sua energias desequilibradas. Existem várias formas de se utilizar esse magnetismo.

Nas casas espíritas vemos a utilização do passe, que é amplamente empregado como complemento para outras terapêuticas. Segundo a Gênese, o passe, que não é uma doação de energias, mas na verdade é “uma transfusão de energias físico-psiquicas” (Emmanuel)

Pode ser divido em três tipos:

1. Humano – É o magnetismo propriamente dito, utiliza apenas as energias do encarnado, sendo sua eficácia determinado pela qualidade da energia do mesmo;

2. Espiritual – É aquele em que não há intervenção de um encarnado, o fluxo de energia vem diretamente do plano espiritual para o beneficiado. Assim como no caso anterior, a qualidade desse recurso está na razão direta das qualidades do espírito;

3. Mista – É aquela em que a uma combinação de energias espirituais e humanas (animais) de forma a tornar o passe mais eficaz. Este é o passe recomendado nas casas espíritas, pois seus resultados tendem a ser melhores para todos os envolvidos.

O termo transfusão é empregado porque quem recebe o passe tanto pode receber energia (caso esta lhe falte) como pode ter o excesso retirado (caso esta possa lhe trazer algum desequilíbrio) . O passe vai agir no perispírito, que é nas palavras de Leon Denis “Um organismo fluídico; é a forma preexistente e sobrevivente do ser humano, sobre o qual se modela o envoltório carnal, como uma veste dupla, invisível, constituída de matéria quintessenciada” .

Sendo o corpo físico uma conseqüência do perispírito, a aplicação do passe no perispírito apresentará reflexos no corpo material.

Existem várias formas de se aplicar o passe, entretanto é preciso esclarecer que o principal fator é a vontade que dirige os fluídos, para que estes possam alcançar o objetivo desejado, sendo assim, devemos ter em mente que qualquer posição, movimento, apetrecho ou instrumento exterior é secundário e que a disposição mental tanto de quem aplica quanto de quem recebe o passe é que é o fator principal para o sucesso da transfusão fluídica. Ainda assim, a título de informação, falaremos de três das mais utilizadas formas de passe:

1. Imposição de mãos – esta é a forma mais comum, antiga e utilizada de aplicação de passe, consiste na colocação das mãos, com as palmas para baixo, sobre a cabeça de quem vai recebê-lo. O princípio deste passe é o de aplicá-lo no Chakra coronário (a moleira dos bebês) e sendo este Chakra o que coordena os demais, ele se encarrega de distribuir as energias pelo corpo;

2. Longitudinais – São aplicados ao longo do corpo, da cabeça aos pés, de cima para baixo, com as mãos abertas e as palmas na direção do paciente. Podem ter várias finalidades, mas é mais comumente utilizado para acalmar o paciente;

3. Transversais – utilizados para fins de dispersão de energias, não é recomendado em casas espíritas devido ao seu modo de aplicação que consiste em “estender os dois braços, com as mãos abertas, polegares para baixo e abrir rapidamente e com muita energia os braços no sentido horizontal e depois volta-se com vivacidade à posição primitiva para recomeçar logo a seguir da mesma maneira”;

Nas casas espíritas recomenda-se que o passista evite a todo custo tocar no paciente, como também apenas utilizar a imposição de mãos. Estas recomendações visam evitar constrangimentos para o paciente, evitar assustar aqueles que não conhecem bem o passe e podem ficar chocados com movimentos muito estranhos, bem como evitar preferências por determinado passista (que aplica determinado tipo de passe).

Impossível falar em passe sem fazer referência aos Chakras ou Centros de Força ou ainda Centros Vitais.

A palavra Chakra vem do snscrito e quer dizer roda.

Segundo o professor Carlos Pastorino: “são chamados rodas porque têm a aparência de pequeno exaustor ou ventilador, com suas pás (denominadas ”pétalas”), que giram incessantemente quase, já que é constante a “corrente de ar” que por elas passa”. Essa corrente de ar a qual o professor Pastorino se refere são as vibrações e elementos fluídicos do plano espiritual que entram e saem de nós pelos Chakras.

O Passe Magnético


Segundo André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, os sete principais Chakras possuem as seguintes funções:

1. Coronário – “Instalado na região central do cérebro é a sede da mente, o centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgnico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada. O Centro Coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do espírito.”
2. Cerebral – “Contíguo ao Coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glndulas endócrinas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo.”3. Laríngeo – “Controla notadamente a respiração e a fonação.”


4. Cardíaco – “Dirige a emotividade e a circulação das forças de base.”
5. Esplênico – “Determina todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo.”
6. Gástrico – “Responsável pela digestão e absorção dos alimentos densos e menos densos.”
7. Genésico – “Guia a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e á realização entre almas.”

Como já dissemos anteriormente é sobre o Chakra Coronário que o passe por imposição de mãos é aplicado, este por sua vez, como controla os demais, é o encarregado de distribuir as energias do passe para os demais.

A aplicação do passe na casa espírita necessita de certos cuidados para que não tome um caráter místico. Todo e qualquer objeto exterior deve ser dispensado, talismãs, incensos, defumadores, roupas de cores especificas são práticas vãs e que só servem para criar no paciente uma idéia equivocada do passe.

A música pode ser usada, desde que com critério (música suave e baixa), para ajudar no relaxamento dos presentes. Além disso, como o objetivo do passe é o equilíbrio, é preciso esclarecer os presentes sobre a necessidade do silêncio e do clima de prece para facilitar a sintonia com o plano espiritual.

Também é fundamental que todos estejam fisicamente preparados para o passe, ou seja, que evitem atitudes que dificultem a absorção e a transmissão do passe pelos seus organismos físicos, questões como alimentação, vícios, sexo, entre outras devem ser observadas:

1. Alimentação – Apesar de não existir nenhum alimento proibido para aquele que vai receber o passe, ou desenvolver qualquer atividade na casa espírita, é preciso ter bom senso e evitar excessos alimentares, pois “o excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem com das saídas dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdades radiantes”;

2. Álcool – Assim como outras substancias tóxicas (fumo, drogas, etc), o álcool provoca distúrbios nos centros nervosos e modifica certas funções psíquicas o que anula os esforços de transmissão dos fluidos do passe;

3. Outros Vícios – Além dos vícios de natureza química, há também aqueles decorrentes da conduta do indivíduo, questões com jogos e todos os abusos que geram desequilíbrio psíquico devem ser evitados, pois dificultam sobremaneira a sintonia vibratória;

4. Sexo Antes do Passe – O sexo é coisa santa e como tal deve ser tratado, entretanto devido às descargas energéticas que ele acarreta, o mesmo deve ser evitado antes do passe, pois pode criar desequilíbrio fluídico no paciente o que pode dificultar a absorção e a retenção dos fluidos recebido no passe.

Não esperamos aqui esgotar o tema do passe, que é muito rico e tem várias implicações, entretanto esperamos ter levado um pouco de luz sobre o assunto, principalmente para aqueles que nada sabem sobre o mesmo.

Voltamos a lembrar que, mais do que qualquer outra coisa, o principal componente para o sucesso do passe é a boa vontade e o esforço para sintonizar com os planos superiores.

Esforço esse não apenas no momento do passe, mas em cada momento de nossas vidas, seguindo o roteiro seguro do Evangelho que é a melhor maneira de conquistarmos o auxílio da Divina Providência.

Fontes:

Francisco Cândido. Nos domínios da Mediunidade. (2001) FEB

KARDEC, Allan. A Gênese
. (1999)
LAKE

XAVIER, Francisco Cândido. Evolução em dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz. (2003) FEBPASTORINO, Carlos T. Técnicas de Mediunidade. (1969)

PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade (1998) FEB.

PERALVA, Martins. Mediunidade e Evolução (1998) FEB.

JACINTO, Roque. Desenvolvimento Mediúnico (1991) Editora Luz no Lar.

MELO, Jacob. O Passe – Seu estudo, suas técnicas, sua prática. (1992)
JUNIOR, Eugênio

Lysei. O Passe – Respostas às perguntas mais freqüentes. (1998) Casa do Caminho.

Mais Amor


Ama sempre para que possas compreender sempre mais.
Muitas vezes, no mundo, ensandecemos o cérebro e envenenamos o coração, indagando sem proveito quanto aos problemas que afligem os grandes e os pequenos, os felizes e os infelizes.
Entretanto, bastaria um raio de amor no imo d'alma para entendermos a profunda união em que nos imanizamos uns aos outros.
Ajuda antes de qualquer indagação.
Não peças diretrizes à Vida Superior, antes de haver praticado a fraternidade no círculo de criaturas em que te encontras.
A Terra é a nossa escola multimilenária, onde o amor é o Sol para as mínimas lições.
Descerra o espírito à claridade dessa luz e perceberás a dor que, muitas vezes, se agita sob vestes douradas e observarás o brilho da vida que, em muitas ocasiões, se destaca sob andrajos e sombras.
Oferece-lhe a mente e aprenderás que alegria e sofrimento, escassez e abastança, segurança e instabilidade na Terra não passam de oportunidades preciosas para a nossa elevação espiritual.
Não te esqueças de que somente aquele que se faz irmão do próximo pode soerguê-lo a mais altos destinos.
O nosso verbo pronunciará eloqüentes discursos.
A nossa pena escreverá páginas comovedoras.
A nossa influência social assegurar-nos-á subido destaque na vida pública.
As nossas facilidades econômicas garantir-nos-ão transitório respeito entre as criaturas.
Todavia, que será de nós sem o tesouro da compreensão que apenas o amor nos pode conferir?
Mais amor em nossas atividades de cada dia é solução gradativa a todos os enigmas que nos cercam.
Só a luz é capaz de extinguir a sombra.
Só a sabedoria aniquila a ignorância.
Só o amor redime, vitoriosamente, a miséria.
Não nos abeiremos da revelação, simplesmente indagando, pedindo, reclamando.
Aprendemos a trabalhar e servir.
Amemo-nos uns aos outros e uma luz nova brotará no terreno vivo de nossa alma, constrangendo-nos a sentir que só o trabalho no serviço ao próximo é capaz de conduzir-nos à comunhão com a verdadeira felicidade, que decorre de nosso ajustamento às Leis Celestiais.

Livro "Assim Vencerás"
Psicografia de Francisco Cândido Xavier / Emmanuel

Quando

Filho meu !

QUANDO, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas;
QUANDO te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que, em torno, a indiferença recrudesce, acerca-te de mim: eu sou a LUZ, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos;
QUANDO se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: eu sou a FORÇA capaz de remover-te as pedras dos caminhos e sobrepor-te às adversidades do mundo;
QUANDO, inclementes, te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: eu sou o REFÚGIO, em cujo seio encontrarás guarida para o teu corpo e tranqüilidade para o teu espírito;
QUANDO te faltar a calma, nos momentos de maior aflição, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: eu sou a PACIÊNCIA, que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar das situações mais difíceis;
QUANDO te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos, grita por mim: eu sou o BÁLSAMO que te cicatriza as chagas e te minoram os padecimentos;
QUANDO o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que já ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim: eu sou a SINCERIDADE, que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à nobreza de teus ideais;
QUANDO a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, clama por mim: eu sou a ALEGRIA, que te insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos de teu mundo interior;
QUANDO, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela para mim: eu sou a ESPERANÇA, que te robustece a fé e te acalenta os sonhos;
QUANDO a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: eu sou o PERDÃO, que te levanta o ânimo e promove a reabilitação de teu espírito;
QUANDO duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o cepticismo te avassalar a alma, recorre a mim: eu sou a CRENÇA, que te inunda de luz o entendimento e te habilita para a conquista da Felicidade;
QUANDO já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento de teu semelhante, aproxima-te de mim: eu sou a RENÚNCIA, que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo;
E QUANDO, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda. Eu sou a dinâmica da vida, e a harmonia da Natureza: chamo-me AMOR, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito.
Estende-me, pois, a tua mão, ó alma filha de minhalma, que eu te conduzirei, numa seqüência de êxtases e deslumbramentos, às serenas mansões do Infinito, sob a luz brilhante da Eternidade.

RUBENS COSTA ROMANELLI: "O Primado do Espírito" capítulo 2, páginas 16-18, 3a. edição ampliada 1965, Editora Síntese Ltda., Divinópolis - M.G., Brasil.

O que mais sofremos

O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.

Espírito: ALBINO TEIXEIRA
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE

Calma

Se você está no ponto de estourar mentalmente silencie alguns instantes para pensar.
Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranqüilidade traz o pior.
Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.
Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é uma bomba atrasada, lançando caso novo.
Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.
Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.
Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.
Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.
Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar.
Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema, a serenidade é o teto da alma,
pedindo o serviço por solução.

Espírito: ANDRÉ LUIZ
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "O Espírito da Verdade" - Edição FEB

sábado, 17 de abril de 2010

Livra-nos do Mal Porque o Teu é o Reino, o Poder e a Glória para Sempre



O Senhor livrar-nos-á do mal; entretanto, é preciso que desejemos não errar.

Que dizer de um homem que pedisse socorro contra o incêndio, lançando gasolina à fogueira?

O reino da vida, com todas as suas notas de grandeza, pertence a Deus.

Todo o poder e toda a glória do Universo, todos os recursos e todas as possibilidades da existência são da Providência Divina, mas, em nosso círculo de ação, a vontade é nossa.

Se não ligamos nossos desejos à Lei do Bem, que procede do Céu, representando para nós a Vontade Paterna de Nosso Pai Celeste, não podemos aguardar harmonia e contentamento para o nosso coração.

Nas sombras do egoísmo, estaremos sozinhos, aflitos, perturbados e desalentados, porque egoísmo quer dizer felicidade somente para nós, contra a felicidade dos outros.

Deus permitiu que a vontade seja um patrimônio propriamente nosso, a fim de que possamos adquirir a liberdade e a grandeza, o amor e a sabedoria, por nós mesmos, como filhos de sua infinita bondade.

Por isso, se somos escravos das nossas criações que, por vezes, gastamos muito tempo a retificar,

continuamos sempre livres para desejar e imaginar.

E sabemos que qualquer serviço ou realização começa em nossos sentimentos e pensamentos.

Saibamos, desse modo, conservar a nossa vontade à luz da consciência reta, porque, rogando a Deus nos liberte do mal, é preciso, por nossa vez, procurar o caminho do bem.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.
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O Tempo

“Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz.” — Paulo (ROMANOS, 14:6)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente a recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

(De “Caminho, Verdade e Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel)

"Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã."

Psicografia de Francisco C. Xavier.
Livro:- Indicações Do Caminho.

Um espaço reservado para quem gosta, ou até mesmo precisa de palavras de conforto espiritual, seja você seguidor da Doutrina Espírita, ou não.

Seja bem vindo. E desejo que encontre aqui o que procura.

Liane Abud